Por Helen Santos – Psicóloga clínica
Envelhecer não precisa ser sinônimo de solidão. No entanto, muitos idosos enfrentam o afastamento de amigos, a perda de entes queridos ou a falta de rotina ativa, o que pode gerar sentimentos de tristeza, ansiedade e até depressão. Cuidar da saúde mental na melhor idade é tão importante quanto cuidar do corpo — e isso começa por reconhecer o valor das conexões humanas.
A rede de apoio da família tem um papel essencial nesse processo. Conversas frequentes, momentos de escuta, visitas e demonstrações de carinho ajudam a fortalecer a autoestima e fazem o idoso se sentir visto e valorizado. Mas além da família, é importante estimular o convívio com outras pessoas, por meio de grupos comunitários, atividades em centros de convivência ou mesmo encontros virtuais.
Outro fator importante para combater o isolamento é a prática de exercícios físicos, mesmo que leves. Caminhadas, dança, hidroginástica ou alongamentos ajudam na disposição, melhoram o humor e diminuem sintomas de ansiedade. O movimento do corpo também inspira movimento na vida — abre espaço para novas vivências e mais autonomia.
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Por fim, a espiritualidade pode ser uma grande aliada nesse caminho. Ter um espaço interno de fé, gratidão ou conexão com algo maior ajuda a enfrentar desafios com mais serenidade. Não se trata necessariamente de religião, mas daquilo que traz sentido à vida. E quando o idoso sente que ainda faz parte de algo, que é amado e tem um propósito, a saúde emocional se fortalece — e a vida volta a florescer, em qualquer idade.
