Serra perdeu quase dois mil empregos em 2017

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Trabalhadores de uma distribuidora da Serra: serviços e construção civil foram os setores que mais demitiram nos últimos três anos no município. Foto: Fábio Barcelos
Trabalhadores de uma distribuidora da Serra: serviços e construção civil foram os setores que mais demitiram nos últimos três anos no município. Foto: Fábio Barcelos

Clarice Poltronieri

O ano de 2017 não foi positivo para a geração de postos de trabalho na Serra. Isso porque a cidade acumulou perda de quase 2 mil vagas de trabalho formal, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados na última semana.

Nos últimos três anos, a Serra já perdeu quase 20 mil postos de trabalho: -1.981 (50.117 contratações e 52.098 demissões) em 2017; -7.516 em 2016; e -9.566 postos em 2015, ano em que o saldo começou a apresentar déficit. Uma perda de 19.063 vagas formais de emprego.

O último ano em que se gerou mais emprego que demissões na Serra foi em 2014, quando foram criados 2.967 postos de trabalho.

Apesar dos dados negativos, a boa notícia é que em 2017 o ritmo das perdas foi menor. Por isso a expectativa é de que este ano haja maior estabilidade e que em 2019 o número volte a crescer. De acordo com a secretária municipal de Trabalho, Emprego e Renda (Seter), Lauriete Caneva, 2018 ainda não será o momento da recuperação.

“Nos últimos quatro anos foram perdidas mais de 20 mil vagas de trabalho formal, então mesmo que o balanço entre demissões e admissões fique positivo, ainda vai demorar para recuperar o reflexo dessa crise, que atinge todo o país. Acredito que 2018 será um ano de estabilização e apenas em 2019 comece uma recuperação. Nossa maior perda tem sido na área de serviços e construção civil”, aponta.

Ela relata as alternativas que a prefeitura tem buscado para superar o momento e ampliar a oferta de vagas de emprego formal.

“Estamos buscando melhorias administrativas e alterações na lei para facilitar o acesso ao emprego formal. Por exemplo, 50% das vagas das empresas agora vão para o Sine (Sistema Nacional de Empregos), temos vários trabalhadores cadastrados e quando surge uma área na vaga deles, são enviados e-mails diretamente aos interessados. Há também a proposta de mudança na lei onde micro e pequenas empresas não vão precisar de licença ambiental”, explica.

No Estado o saldo de admissões versus demissões também ficou negativo em 2017: – 2.053 vagas. No país o saldo negativo se repetiu, com 328.370 postos de trabalho.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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