Serra oferece vacina contra caxumba nas unidades de saúde

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A Prefeitura da Serra disponibiliza em todas as unidades de saúde a vacina contra a doença. Foto: Divulgação Agência Brasil
A Prefeitura da Serra disponibiliza em todas as unidades de saúde a vacina contra a doença. Foto: Divulgação Agência Brasil
A Prefeitura da Serra disponibiliza em todas as unidades de saúde a vacina contra a doença. Foto: Divulgação Agência Brasil

Joatan Alves

O número de casos de caxumba no Brasil tem aumentado de forma significativa nos últimos anos principalmente no Distrito Federal e em São Paulo. Na semana passada foram registrados em Vitória casos da doença entre adultos e adolescentes e a Prefeitura da Capital emitiu um comunicado pedindo para população se vacinar.

Para quem não conhece a caxumba é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus e tem como principal característica a presença de uma inflamação de glândulas salivares.

Embora, segundo informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura da Serra, no munícipio não haja registro de caxumba este ano, a prefeitura disponibiliza em todas as unidades de saúde da rede municipal a vacina contra a doença.

Segundo a Secretaria de Saúde da Serra a vacinação contra caxumba é rotineira, principalmente para os grupos prioritários: crianças a partir de 1 ano (por meio da vacina Tríplice Viral) e adultos até 49 anos.

Para tomar a vacina os pais ou responsáveis devem apresentar o cartão da criança. O horário de atendimento pode variar de acordo com cada Unidade de Saúde que é das 7 às 17 horas.

Em entrevista a Agência Brasil, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, disse que há no país uma geração de jovens adultos que não recebeu as duas doses da vacina contra a caxumba e está mais propensa a ter a doença.

Segundo ele, são pessoas que não passaram por campanhas nacionais de vacinação para adultos da tríplice viral e nasceram antes de a vacina ser incorporada ao calendário nacional de vacinação na primeira infância.

Ainda segundo Renato Kfouri, além da maior quantidade de casos, o perfil dos contaminados também mudou. Nos últimos anos observou-se deslocamento da faixa etária da caxumba que era mais comum em crianças pequenas, para crianças acima de dez anos, adolescentes e adultos jovens. Nesses casos, a doença pode ser mais severa e levar à encefalite e meningite.

O especialista, frisou também que é preciso ter atenção às possíveis complicações da doença, mas não há motivo para alarde.

Saiba mais

A caxumba tem em seus primeiros sintomas apresentação de febre, calafrios, dores de cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir, além de fraqueza.

Altamente contagiosa, a caxumba é causada pelo vírus Paramyxovirus, transmitido por contato direto com gotículas de saliva ou perdigotos de pessoas infectadas. Costumam ocorrer surtos da doença no inverno e na primavera e as crianças são as mais atingidas.

A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, entrou para o calendário básico de vacinação, a crianças de 1 ano de idade, em 1996.

Uma segunda dose era aplicada em campanhas posteriores. A segunda dose da vacina passou a integrar o calendário básico aos 4 anos a 6 anos de idade em 2006. Desde 2013, o Ministério da Saúde recomenda uma dose da vacina tríplice viral ao atingir 1 ano de idade e uma dose da vacina quádrupla viral ao chegar ao 1 ano e três meses de idade.

 

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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