Serra completa três meses sem feminicídios

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A Serra completou três meses sem feminicídios. Crédito: Divulgação

A cidade da Serra alcançou um marco importante na luta contra a violência de gênero: três meses consecutivos sem feminicídios, entre fevereiro e abril de 2025. O único caso registrado no ano aconteceu em janeiro. Desde então, nenhum novo crime dessa natureza foi notificado.

O dado é do Observatório da Segurança Pública, vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), e reflete o trabalho integrado entre as forças de segurança e políticas públicas da Prefeitura da Serra e do Governo do Estado.

Entre janeiro e maio de 2024, a cidade da Serra registrou três casos de feminicídio. No mesmo período de 2025, houve apenas um registro (até o momento de maio), o que representa uma redução de aproximadamente 66,7% nesse tipo de crime.

Além do feminicídio em janeiro, a cidade registrou três homicídios dolosos de mulheres entre janeiro e fevereiro. A diferença é que o feminicídio é um assassinato motivado por violência de gênero, ou seja, quando a mulher é morta pelo fato de ser mulher — o que implica uma qualificadora no Código Penal e medidas específicas de prevenção e enfrentamento.

Políticas públicas como resposta à violência contra mulher na Serra

A vice-prefeita e secretária de Defesa Social, Gracimeri Gaviorno, afirma que a gestão municipal tem investido continuamente em ações de prevenção e acolhimento às mulheres.

“Esse resultado nos encoraja a seguir firmes no enfrentamento à violência de gênero. Estamos investindo em políticas públicas que acolham, orientem e protejam as mulheres, porque cada vida preservada é uma conquista para toda a sociedade”, destacou ao Jornal Tempo Novo.

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Já a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Lilian Mota, reforça que a redução dos casos é fruto de um esforço coletivo.

“Nosso compromisso é com a vida das mulheres e com a construção de uma sociedade mais justa e segura. Esse resultado é fruto do trabalho contínuo da rede de enfrentamento à violência, que envolve diversos setores, instituições e, principalmente, as mulheres. Trabalhamos para garantir que nenhuma mulher enfrente a violência sozinha, e o acesso à informação, acolhimento e proteção é fundamental para romper o ciclo da violência”, explica.

O que a Serra tem feito?

Entre as ações em destaque estão:

  • Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cramvis): oferece suporte psicossocial, orientação jurídica, encaminhamento para abrigos e capacitação profissional;
  • Auxílio para transporte intermunicipal e interestadual para mulheres em situação de risco;
  • Benefício de aluguel social no valor de R$ 650, pago diretamente ao proprietário do imóvel;
  • Atuação de 11 CRAS e dois CREAS, com articulação direta com a rede de proteção;
  • Parceria com a Guarda Civil Municipal (GCM) e integração com setores de educação, saúde e assistência social.

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Onde buscar ajuda?

Cramvis – Centro de Referência de Atendimento à Mulher

  • Rua Maestro Antônio Cícero, 79, Caçaroca
  • De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
  • (27) 3328-7500 | WhatsApp: (27) 99836-2909

Atendimento por agendamento ou demanda espontânea. Também oferece cursos profissionalizantes.

Como denunciar violência contra mulheres?

  • Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher (gratuito e 24h)
  • Ligue 190 – Polícia Militar, em casos de emergência

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Gabriel Almeida

Jornalista há mais de ano anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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