Seca derruba produção agrícola capixaba

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Feira de alimentos sem agrotóxicos em Colina de Laranjeiras: seca pesa no bolso do consumidor. Foto: Arquivo TN/ Fábio Barcelos
Feira de alimentos sem agrotóxicos em Colina de Laranjeiras: seca pesa no bolso do consumidor. Foto: Arquivo TN/ Fábio Barcelos

Como se não bastasse o cenário econômico adverso, o Espírito Santo vive uma seca histórica. O resultado é que a produção agrícola capixaba está em queda livre. O boletim divulgado no último dia 06 pelo Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper) aponta para recuo nas produções de café, milho, olericultura e fruticultura.

Os dados se referem a comparação de setembro/outubro de 2015 com o mesmo período em 2014. Neste intervalo a produção de café recuou 22,9%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a produção de milho caiu ainda mais: 36,8%.

De mandioca, colheu-se 17,8% menos. Na olericultura a redução foi mais modesta: 2,1%. Já na fruticultura o recuo foi de 13,8%. Os números são do Boletim da Conjuntura Agropecuária Capixaba, que deve ter as informações completas sobre 2015 divulgadas nos próximos dias.

Até o último dia 21 de dezembro, havia chovido apenas de 50 e 55% da média no município de Santa Maria de Jetibá, cidade da região serrana do Estado que é uma das principais fornecedoras de alimento à Grande Vitória, segundo o Incaper.

A situação se repetiu em praticamente todo o estado, o que explica não só a queda na produção agrícola, mas também a falta d’água. Um dos resultados mais sentidos pelo consumidor é o encarecimento dos alimentos produzidos no ES, para além dos impactos nos preços que a maior inflação em anos já traria.

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Gabriel Almeida

Jornalista há mais de ano anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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