Seca aquece mercado de reservatórios e água mineral

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Edson Salvador (de azul), proprietário da Rede Construir da Serra-sede, mostra cisternas a cliente na loja. Foto: Edson Reis

Por Clarice Poltronieri

A escassez de água vem aquecendo o mercado para alguns setores. Um deles é o de materiais de construção, cuja procura por caixas d’água, cisternas, bombas-sapo e bombonas aumenta neste período. Outro é o setor de captação e distribuição de água mineral.

No Altoé Material de Construção, em Laranjeiras, a procura por esses produtos relacionados ao armazenamento de água cresceu. “Aumentaram 15% as vendas de bombas-sapo para poços artesianos nos últimos dois meses. No final do ano passado, a venda de caixas d’água aumentou em 50%”, detalha o proprietário Douglas Altoé.

“Um representante da Tigre disse que no Brasil aumentou o número de vendas de calhas para captação de água de chuva e o produto está em falta”, completa o vendedor da Altoé, João Batista.

Na Serra Sede, a Rede Construir observou um aumento na venda de caixas d’água. “Nos últimos dois meses aumentou em 20%. E também a procura por tanques reservatórios e bomba-sapo”, conta Edson Salvador, proprietário.

Já na Torre Forte Material de Construção, em Laranjeiras, a procura aumentou. “Pesquisam preço de caixas d’água e de tambores de 1.200 e 660l”, diz Gildo Altoé, proprietário.

O diretor Comercial e de Marketing do grupo Fortlev, cuja fábrica fica na Serra, Evandro Sant’Anna, diz que aumentou a procura no Estado pelos produtos. “Estamos registrando uma procura maior em municípios do Norte do Espírito Santo e Guarapari, onde as pessoas compram reservatórios de tamanho menor para complemento da reserva de água”, ressalta.

Outro setor que vem ganhando mercado com a seca é o de água mineral. “Tem muita gente comprando garrafões para estocar água, o que vem aumentando o preço do vasilhame. Setembro e outubro deste ano foram melhores que 2014. Mas a crise econômica tira o ganho”, aponta Sérgio Rodrigues da Costa, proprietário da Água Mineral Calogi e presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral do Estado do Espírito Santo.

Sérgio acrescenta que outro gargalo é a falta d’água nas fontes. “Já há uma redução de 30% a 40% no volume captado”, revela.

 

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Gabriel Almeida

Jornalista há mais de ano anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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