Professores seguem entre a vocação e a desvalorização

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Professora em ação durante uma aula em escola do município
Professora em ação durante uma aula em escola do município
Professora em ação durante uma aula em escola do município

Se tem uma profissão que é respeitada por todo mundo é a de professor. Mas na prática parece ser mesmo um respeito “da boca pra fora”. Basta observar a valorização desse profissional, seja nos seus rendimentos e também nas suas condições de trabalho.

Então essa função que é a de preparar, educar, formar pessoas, fica num pêndulo entre a dedicação e a vocação frente às dificuldades financeiras, acesso a bens e até da qualidade de vida. Temas que teimam em voltar, principalmente em datas como a desta quarta-feira (15), Dia do Professor.

O professor de Artes Ademir Barcelos Jr, há dois anos na rede pública, ama a profissão, mas reconhece os problemas: “Comecei preparado com o descaso das autoridades na educação, mas não imaginava que fosse tanto. Outra surpresa foi ver esse descaso vir também da sociedade em geral. Vejo muitos colegas doentes, vítimas da violência e da baixa remuneração”.

Em contrapartida, há aqueles que têm na profissão uma inspiração. Caso de Débora França Teixeira, professora de língua portuguesa há 11 anos. “Todos os meus irmãos são professores e amamos a profissão.  Desenvolvo minha aula brincando e, assim, os meninos aprendem”, diz

O Estado conta com 36.167 professores na Educação Básica, segundo o censo do Ministério da Educação. Na Serra, o censo em 2012 apontava 4.997 profissionais na rede municipal de ensino, segundo o Planejamento Estratégico realizado pela prefeitura.

Dia do professor

Em 1947 aconteceu a primeira comemoração de um dia dedicado aos mestres. A ideia foi de quatro professores paulistas que organizaram um dia de parada para se evitar a estafa e para discutir assuntos relativos aos problemas da profissão. Em 14 de outubro de 1963, pelo Decreto Federal 52.682 o dia 15 foi instituído como feriado escolar.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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