Prefeitura acusa Estado de interromper mutirão de cirurgia para serranos

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No entanto, o retorno dessas atividades vai depender do comportamento da pandemia nas próximas três semanas. Foto: Divulgação / Governo Estadual do Maranhão
Segundo a Prefeitura da Serra, 426 pacientes aguardavam mutirão para cirurgia de varizes ou ginecológica. Foto: Divulgação / Governo Estadual do Maranhão

A Prefeitura da Serra emitiu comunicado na manhã desta quarta-feira (16) dizendo que o Governo do Estado interrompeu mutirão de cirurgias vasculares e ginecológicas para 426 pacientes moradores da Serra.

Segundo o comunicado, os pacientes aguardavam agendamento e agora terão que voltar para a fila de espera, que pode chegar a dois anos. A prefeitura da Serra afirmou que havia feito parceria no ano passado com o Governo Estadual para que as cirurgias fossem feitas em hospitais do interior, localizados nas cidades de Domingos Martins, Santa Teresa e Santa Leopoldina.

As consultas para avaliação dos pacientes começaram em novembro e atendeu a 1.146 pessoas. Dessas, 426 aguardavam o agendamento, segundo a Prefeitura.  

Estado diz que aguarda posição do Governo Federal

A reportagem acionou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que informou que os mutirões realizados ao longo de 2018, que atenderam mais de seis mil cidadãos com procedimentos de cinco especialidades, incluindo oftalmológicas, fazem parte da Política Nacional de acesso aos Procedimentos Cirúrgicos Eletivos do Ministério da Saúde. A Sesa esclarece que o contrato encerrou em dezembro e que está aguardando a publicação da nova Portaria 2019 para formalização dos novos contratos junto ao Governo Federal. No entanto, como a demanda por cirurgias eletivas oftalmológicas é uma das maiores no Espírito Santo, a nova gestão da Secretaria de Estado da Saúde já está estudando a viabilidade de ampliar o atendimento aos usuários que necessitam deste procedimento através do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Sesa disse ainda que os serviços de rotina estão funcionando normalmente e os pacientes que ainda não têm diagnóstico para seu caso de saúde devem seguir o fluxo do sistema para ter acesso ao tratamento apropriado. O cidadão deve ir até a unidade de saúde mais próxima de sua residência, ser avaliado pelo médico e encaminhado para o especialista. Após a avaliação do médico especialista, se for necessário cirurgia, o paciente será encaminhado para o hospital de referência para realização do procedimento.

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Gabriel Almeida

Jornalista há mais de ano anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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