Os pontos com maior risco de afogamento nas praias da Serra

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os salva-vidas Jonas Rocha e Amilson Vieira na praia do Barrote, em Jacaraípe. Foto: Fábio Barcelos
os salva-vidas Jonas Rocha e Amilson Vieira na praia do Barrote, em Jacaraípe. Foto: Fábio Barcelos
Os salva-vidas Jonas Rocha e Amilson Vieira na praia do Barrote, em Jacaraípe. Foto: Fábio Barcelos

Por Thiago Albuquerque

Quem nunca ouviu a expressão “água não tem cabelo”? O mar é assim. Nesta época do ano as praias da Serra e do estado ficam tomadas por banhistas, muitos deles sem experiência, o que aumenta os casos de afogamentos, que às vezes terminam em morte. O mais recente aconteceu no Solemar, em Jacaraípe. Além deste, ao longo do litoral há outros trechos críticos que exigem muito cuidado.

Do dia 1º de dezembro até o dia 08 de janeiro, foram 24 ocorrências de afogamento. Duas delas foram fatais, sendo uma em horário de atuação dos guarda-vidas. Os outros 22 casos são afogamentos de grau 01, de menor gravidade. Ao todo, as praias da Serra contam com 86 guarda-vidas.

Por isso as pessoas têm de ter cuidado ao entrar no mar, principalmente nos trechos em que não conhecem. O salva-vidas e morador de Jacaraípe, Pedro Cardoso Netto, 23 anos, enumera os pontos mais perigosos do litoral serrano.

“Os pontos mais complicados e de maiores riscos são as praias de Carapebus e Jacaraípe, muitas ondas, buracos, fortes correntezas. Em Carapebus, a conhecida Lagoa também é um risco muito grande, muito funda, e com altos riscos de afogamento. Em Jacaraípe, os pontos mais perigosos são o Solemar e o Barrote, onde há muitas valas e forte correnteza”, explica Pedro.

Outro lugar de risco é a foz do rio Reis Magos, onde no último dia 28 de dezembro foi registrada uma morte. Segundo Pedro, é fundamental o banhista procurar o guarda – vida mais próximo para se orientar sobre a condição da praia. E entrar na água só até a altura do umbigo.

Já o Comandante Natanael, do Corpo de Bombeiros, pede que as pessoas só entrem no mar em locais que tenham salva-vidas e, se não tiver experiência, não tente ajudar quem está se afogando, pois pode se tornar mais uma vítima. “Nesse caso o ideal é jogar uma corda, boia, prancha ou qualquer outro objeto flutuante. É indispensável que os pais vigiem seus filhos, principalmente as crianças menores”, acrescenta.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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