Mais de 1.600 galões de azeite, totalizando 8 mil litros, foram apreendidos em uma operação conjunta da Polícia Civil do Espírito Santo e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A ação foi realizada na semana passada em diferentes pontos da Grande Vitória.
De acordo com a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), os galões continham uma mistura de óleos em vez de azeite puro, proveniente de uma empresa de São Paulo sem autorização para comercializar o produto.
Os locais das apreensões não foram divulgados pelas autoridades, conforme apurado pelo Jornal Tempo Novo.
Desde o início de 2024, a Decon já recolheu produtos irregulares em mais de 800 estabelecimentos nos municípios de Vila Velha, Viana, Cariacica e Serra. As investigações indicam que os produtos adulterados eram distribuídos para comércios locais, muitas vezes sem o conhecimento dos proprietários.
Leia também
Fraude com azeite em bares e restaurantes
Na operação do último dia 7 de novembro, foram apreendidos 1.692 galões de azeite adulterado. A empresa responsável, já notificada em 2019 por práticas ilegais, voltou a atuar no mercado capixaba com garrafões de 5 litros, estratégia que dificulta a fiscalização.
Segundo o delegado Eduardo Passamani, titular da Decon, os principais clientes da empresa eram bares, restaurantes, lanchonetes e hotéis.
“Eles vendem isso para bares, lanchonetes, restaurantes e hotéis. Esses estabelecimentos acabam abastecendo aqueles vidrinhos que ficam em cima da mesa. Quando você vai ali almoçar, achando que está consumindo azeite, o consumidor acaba consumindo óleo misto”, alertou.
Outras marcas com fraude em garrafas de azeite
Além dessa apreensão, outras marcas fraudulentas também foram retiradas de circulação ao longo do ano. Em outubro, por exemplo, 428 garrafas de azeite de três marcas diferentes foram recolhidas em supermercados de Cariacica e Vila Velha. Em outra operação, no dia 21 do mesmo mês, 355 garrafas de duas marcas foram apreendidas em diversos supermercados da Grande Vitória.
A reportagem tentou contato com a empresa responsável pelo azeite suspeito, mas não obteve sucesso. O espaço segue aberto para possível manifestação.
