Música vira remédio em Laranjeiras

A musicoterapeuta Márcia Cristina aplica a técnica na Serra para pessoas com diversos tipos de transtornos
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Geraldo e Márcia: atividades motoras e dança também fazem parte da musicoterapia

Quem canta seus males espanta e um lugar onde esta velha máxima popular é, literalmente, colocada em prática é a escola de música Piano Music, em Laranjeiras, que inseriu a musicoterapia em seu calendário educacional.

Há dois anos e meio frequentando a musicoterapia da Piano Music, Geraldo Sérgio Lani, portador de autismo já apresenta significativa melhora.

Coordenação motora e o convívio com as pessoas são algumas delas. “Hoje frequenta casamentos, aniversários, dança, canta, brinca. Tem uma vida normal”, conta a irmã Maria Carmelita.

Já Roberto Bianchi, que é portador de espectro autismo, era uma pessoa nervosa e ansiosa. “Depois que ele começou a frequentar as aulas ficou mais calmo. Também mostrou melhora na autoestima”, conta a musicoterapeuta Márcia Cristina Oliveira.

A técnica educacional veio para Serra direto de Minas Gerais, com a musicoterapeuta Márcia Cristina, que tem 22 anos de experiência na área.

A terapia consiste no uso de diversos instrumentos musicais  que fornecem estímulos para desenvolver habilidades que o aluno não conseguiria com outras técnicas pedagógicas. “A técnica sócio interacionista pode ser aplicada tanto em homens quanto mulheres, independentemente da idade. Utilizamos estímulos sonoros musicais, que são indicados e praticados de acordo com a característica de cada pessoa”, contou Márcia, que é formada em educação musical pelo Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro. Ela ainda possui especialização em musicoterapia pela Associação de Musicoterapia de Minas Gerais.

A musicoterapia é indicada para pessoas com diversos transtornos, como síndrome de down, autismo, espectro autismo, Transtornos Invasivos de Desenvolvimento (TID), déficit de atenção, hiperatividade, socialização, perdas sensório-motoras como também para indivíduos que apresentem quadros de estresse, ansiedade, insônia e depressão.

Serviço

As aulas acontecem uma vez por semana, segunda ou quarta-feira. Quem quiser conhecer a técnica, deve marcar uma entrevista gratuita pelo telefone 3228-2986.

O bongô é um dos instrumentos utilizados

Instrumentos na Musicoterapia

Tambores, tamborins, bongôs (membranofones) –Promovem relaxamento muscular e integração no processo musicoterápico.

– Xilofones, agogôs, triângulos, paus-de-chuva (idiofones percussivos) – Possuem relação com a estrutura óssea promovendo a facilitação de atividades psicomotoras e de consciência corporal.

– Carrilhão, bacias Tibetanas (metalofones) – Estimulam o mental e cognitivo, muito apreciado pelas pessoas autistas.

– Flautas, gaitas (aerofones) – Promovem o exercício da linguagem, da afetividade estabelecendo profunda relação com os sons internos. Além de atuar no sistema circulatório.

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Gabriel Almeida

Jornalista há mais de ano anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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