Município quer apertar o cerco contra degradação do Mestre Álvaro

Na noite desta terça (02) em Audiência Pública será proposto limitações a construção de casas, criação de gado e plantações no morro
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O Mestre Álvaro visto da região do Queimado - Serra, ES
O Mestre Álvaro visto da região do Queimado. Foto: Bruno Lyra
O Mestre Álvaro visto da região do Queimado - Serra, ES
O Mestre Álvaro visto da região do Queimado. Foto: Bruno Lyra

O Mestre Álvaro pode ganhar um enorme reforço na sua proteção. É que o município estuda transformar o morro numa unidade de conservação de proteção integral. Na prática isso pode por fim a construção de casas, criação de gado, extração de pedra e derrubada de mata para plantações no morro.

A proposta será apresentada hoje (02) à noite em Audiência Pública na Serra-sede. Será a partir das 19h no Centro de Convivência, que fica na rua Maestro Manoel Xavier, s/n. Na ocasião a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) vai apresentar o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Mestre Álvaro.

Este é um estudo que além de dar um diagnóstico do local aponta os melhores caminhos para a preservação desta unidade de conservação. E um desses caminhos é mudar o status jurídico desta APA, que atualmente permite atividades consideradas degradadoras em seu interior.

Foi o que explicou a secretária de Meio Ambiente da Serra, Andréia Carvalho, em declaração publicada  no portal da Prefeitura.  “A ideia é transformar o Mestre Álvaro em uma unidade de proteção integral, que visa controlar mais rigorosamente as atividades desenvolvidas em seu interior. Nesta caso só será permitido o uso indireto dos seus recursos naturais em atividades de pesquisa e turismo ecológico, como trilhas, caminhadas e outros esportes”.

Segundo a assessoria da PMS há quatro possibilidades de recategorização do Mestre Álvaro e elas serão debatidas hoje à noite: Parque natural, monumento natural, refúgio da vida silvestre e reserva particular do patrimônio natural.

 

Diferenças
As duas primeiras exigiriam a desapropriação de todos os terrenos no entorno do morro. Um levantamento feito em 2012 pela própria Semma indicava que havia pelo menos 120 proprietários de terras na Apa

Já o refúgio da vida silvestre (Revis), permite a presença das propriedades, no entanto cria mais restrições às atividades econômicas.  Também é avaliada a criação de reservas particulares do patrimônio natural (RPPN). Nesta os donos de terra terão que manter, com recursos próprios, parte de seus terrenos como reserva.

Andreia informou ainda que pretende implantar a APA nas baixadas do entorno do Mestre Álvaro para formar uma espécie de escudo contra a degradação.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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