Mesmo com economia em queda, brasileiro gerou mais lixo em 2015

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Mais da metade das cidades brasileiras ainda destina lixo inadequadamente, para lixões ou aterros controlados. Foto: Divulgação Agência Brasil
Mais da metade das cidades brasileiras ainda destina lixo inadequadamente, para lixões ou aterros controlados. Foto: Divulgação Agência Brasil

A quantidade de resíduos sólidos urbanos (lixos e entulhos) gerada no país em 2015 totalizou 79,9 milhões de toneladas, 1,7% a mais do que no ano anterior. No período, foi registrado também aumento de 0,8% na produção per capita de resíduos sólidos: de 1,06 quilo (kg) ao dia em 2014, para 1,07 kg ao dia em 2105. Os dados foram divulgados hoje (4) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Segundo o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Roberto Vieira, o resultado coloca o Brasil como o quarto maior gerador de resíduos sólidos no mundo. Ele disse ainda que esta quantidade é muita coisa, é uma rota ascendente, que tem vindo dessa forma na última década, e que ainda não demonstrou uma linha de reversão. Carlos Roberto disse que este é um dado preocupante.

De acordo com o levantamento, houve uma leve melhora nos números sobre a destinação final dos resíduos. Em 2015, 58,7% do lixo produzido foi destinado para locais adequados, como aterros sanitários.

Em 2014, esse índice foi 58,4%. No entanto, os dados mostram que cerca de 60% das cidades brasileiras ainda destinam seu lixo inadequadamente, ou seja, para lixões ou para os chamados aterros controlados.

“Uma das pistas que temos para explicar esse problema, essa nossa deficiência e porque temos levado tanto tempo para avançar, está no volume de recursos aplicados no setor de resíduos sólidos, que em 2015 foi de R$ 10 por habitante por mês para fazer frente a todos os serviços de limpeza urbana”, ressaltou Vieira.

Os serviços de coleta mantiveram o alto índice observado nacionalmente nos anos anteriores, de 90,8%. No entanto, ainda persistem as diferenças regionais: no Sudeste, 97,4% do lixo produzido é coletado; em seguida vêm as regiões Sul (94,3%); Centro-Oeste (93,7%); Norte (80,6%); e Nordeste (78,5%).

Fonte: Agência Brasil

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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