Mais de 100 árvores podem ir para o chão

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Grupo de moradores e ativistas está preocupado com o aumento do calor caso as plantas sejam cortadas. Foto: Bruno Lyra
Grupo de moradores e ativistas está preocupado com o aumento do calor caso as plantas sejam cortadas. Foto: Bruno Lyra
Grupo de moradores e ativistas está preocupado com o aumento do calor caso as plantas sejam cortadas. Foto: Bruno Lyra
Grupo de moradores e ativistas está preocupado com o aumento do calor caso as plantas sejam cortadas. Foto: Bruno Lyra

O projeto da prefeitura da Serra para cortar 124 árvores da avenida Central de Jardim Tropical vem gerando polêmica. Ainda mais nesses tempos de calorão, onde uma sombra na área urbana é considerada ‘ouro’. De um lado, os que defendem a permanência das plantas. De outro os que querem o corte para a implantação de um novo projeto de urbanização da avenida.

Entre os que rejeitam a derrubada das árvores está Rodrigo Roger, morador do bairro e ativista do Grupo de Proteção Ambiental Mestre Álvaro. Ele conta que no início de dezembro a prefeitura promoveu uma reunião no bairro para propor projeto de urbanização da via.

“Tentaram transformar a reunião numa consulta para a aprovação do corte das árvores. Querem fazer um canteiro com palmeiras intercaladas entre luminárias. Foi quando questionamos a ausência de uma licença e compensação ambiental para tal. Não podem fazer isso de qualquer jeito, pois a falta de sombra vai deixar ainda mais violento o calor”, alerta.

Quem também não quer a retirada das plantas é o morador Wagner da Cruz Pontara, cuja casa fica em frente às árvores. “Não ficou claro que tipo de projeto vão implantar. Sou contra retirar todas as árvores”, acrescenta.

Dono de academia na região, Marcos Comin é outro que questiona a retirada. Mas defende poda mais constante nas mesmas.

Querem o corte

Embora admita que vai ficar mais quente, Edith Lima diz que a retirada das árvores é necessária. “A raiz entupiu as manilhas. Na última chuva forte a água entrou na minha casa, perdi muita coisa”, lembra.

O mesmo argumento tem Nivaldo Reinholz. “Fui eu quem plantou algumas dessas árvores do tipo ‘ficus’. Só depois fui entender que as raízes se espalham pela rede de drenagem, porque procuram umidade. Tem que cortar. Tem um abaixo assinado com 84 assinaturas pedindo isso que já foi protocolado na prefeitura”, frisa.

Em nota à reportagem a Prefeitura disse que, diante do impasse, criou uma comissão formada por técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e moradores para avaliar a melhor alternativa. A primeira reunião está prevista para a primeira quinzena de janeiro.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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