Jacaraípe pode ter novo protesto contra demolição de quiosques

Quiosque na praia de Castelândia, ao sul da Praça Encontro das Águas, na orla de Jacaraípe. Vinte e cinco estabelecimentos foram fechados e podem ser demolidos. Foto: Divulgação
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Quiosque na praia de Castelândia, ao sul da Praça Encontro das Águas, na orla de Jacaraípe. Vinte e cinco estabelecimentos foram fechados e podem ser demolidos. Foto: Divulgação

Neste momento comerciantes da orla da Serra e lideranças do município preparam mais um protesto contra a demolição dos quiosques. O ato deve começar por volta das 18h e pode para a avenida Abdo Saad (Rodovia ES 010) em Jacaraípe, local escolhido para o ato. No último sábado (14) os donos dos quiosques já haviam protestado contra a demolição.

A revolta dos comerciantes foi porque na última sexta-feira (13) a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), com apoio da Polícia Federal, multou e embargou 25 quiosques das praias de Jacaraípe, Bicanga e Carapebus. Além disso, deu prazo de um mês para que os proprietários dos estabelecimentos façam a demolição das estruturas. Desde a notificação, os quiosques permanecem fechados.

“No sábado, quando fizemos o protesto, o prefeito Audifax (Rede) fez um vídeo dizendo que nos apoiaria colocando a procuradoria da Prefeitura a disposição para entrar com uma ação e impedir a retirada dos quiosques. Hoje um grupo de quiosqueiros e outras lideranças foi à Prefeitura e não foi recebido pelo  Prefeito, mas por duas secretárias suas. Então vamos protestar de novo porque precisamos de ajuda é do prefeito”, afirma o comerciante Paulo César Abreu Souza, dono do Quiosque Castanha Mar, localizado na orla de Jacaraípe.

Segundo Paulo, os quiosques foram construídos por particulares há 30 anos, dentro de um padrão que tinha aval da prefeitura e da União, pois a faixa de praia é domínio desta última. “Por vinte anos os quiosqueiros pagavam uma taxa anual à Prefeitura. Depois a Prefeitura parou de cobrar. Alguns comerciantes tentaram regularizar o estabelecimento, mas sempre foi negado. O SPU nos disse que a Prefeitura tinha que assumir a responsabilidade pela fiscalização dos quiosques, mas não fez isso. Agora vem nos embargar, multar e quer que a gente derrube o quiosque e ainda tire o entulho”, frisa.

Ainda de acordo com o comerciante, as multas variam. “A minha foi de R$ 67 mil. Mas tem gente que recebeu valores menores. Porem, todos os quiosques foram fechados e obrigados e dos donos tem que demolir em 30 dias” , aponta, acrescentando que cada estabelecimento chega a gerar trabalho para cinco pessoas na alta temporada.

Prefeitura e União

A reportagem acionou as assessorias de imprensa da Prefeitura da Serra e da Secretaria de Patrimônio da União. Assim que tiver retorno das instituições, publicará neste espaço.

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Gabriel Almeida

Jornalista há mais de ano anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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