Escola Cívico Militar na Serra: dos 8 candidatos, apenas dois incluíram o projeto no plano de governo

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A Serra terá oito candidatos a prefeito esse ano. O Tempo Novo vai trazer as propostas de cada um para diversos temas de acordo com o plano de governo que foi registrado na Justiça Eleitoral. Hoje, será tratado um dos mais polêmicos: escola cívico militar.

Apesar do tema dividir opiniões na Serra – e no Brasil de maneira geral, entre os candidatos a prefeito, a negativa pela implantação desse tipo de projeto é praticamente unânime. Isso porque apenas os candidatos Alexandre Xambinho (PL) e Vandinho Leite (PSDB) apresentou no plano de governo a previsão de implantação de escolas cívico militares.

O plano de governo de cada candidato está publicado no site divulgacand do TRE e pode ser acessado por qualquer um. Trata-se de um documento obrigatório e serve como orientador para as propostas de cada candidato.

Como funciona escola cívico militar

No modelo da escola cívico-militar, a gestão é compartilhada entre a Secretaria de Educação e a de Segurança Pública, de modo que a gestão pedagógica fica sob a responsabilidade de pedagogos e profissionais de Educação, enquanto a gestão administrativa e de conduta ficam com os militares ou profissionais da área de segurança.

O que diz o plano de governo

Após pesquisar o tema ‘escola cívico militar’ em todos os planos, os únicos que parecem resposta foram os de Xambinho e Vandinho.

No de Xambinho a escola cívico-militar aparece na página 18: “Implantar junto com o MEC as Escolas Cívico-militar no município“. Mas não traz nenhum quantitativo de quanta escolas seriam.

Já no plano de governo de Vandinho, a iniciativa é detalhado na página 13, na sessão que trata sobre educação:

“Implementar a escola cívico militar, em quantitativo de 7 (sete) unidades, que terá como objetivo somar às questões pedagógicas, a disciplina que é tão importante para o desenvolvimento humano”.

Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares do Governo Bolsonaro

No início do ano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lançou um programa nacional de incentivo a implantação de escolas cívico militares. Que na prática consistia em uma ajuda financeira no valor de R$ 1 milhão para cada unidades escolar escolhida para o projeto e a cessão de militares reformados para monitorar alunos e apoiar as ações administrativas.

A adesão ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares do Ministério da Educação (MEC) era voluntária, e na época nem o Governo do Estado e nem a Prefeitura da Serra aderiram ao programa. Entre os municípios, apenas Viana e Montanha aderiram.

Na época inclusive o próprio Vandinho criticou o Governo do ES na tribuna da Assembleia Legislativo, apontando “carga ideológica e falta de visão de conjunto”.

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Gabriel Almeida

Jornalista há mais de ano anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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