ES é o primeiro Estado do País a criar cadastro biométrico do sistema prisional

Compartilhe:
Detentos devem ter seus dados cadastrados com sistema de biometria. Foto: Divulgação

Iniciada em junho de 2024, o Cadastramento Biométrico Digital no sistema prisional capixaba se tornou uma iniciativa pioneira no país. Os dados estão sob gerenciamento da Secretaria da Justiça (Sejus) e da Superintendência da Polícia Federal do Espírito Santo. O resultado vai levar a mais de oito mil coletas biométricas anuais, com detentos do Estado.

Com esse trabalho, o Espírito Santo se tornou o primeiro Estado da federação a integrar dados biométricos da população carcerária a um banco de dados nacional. Essa iniciativa possibilita o cruzamento de informações com demais sistemas de identificação no País.

Nos seis meses de trabalho, foram coletadas informações biométricas de 2.500 presos. O cadastramento é realizado na principal porta de entrada para o sistema prisional do Estado, no Complexo de Viana, Região Metropolitana da Grande Vitória. A coleta também é realizada na Penitenciária de Segurança Máxima 2 (PSMA2), unidade responsável pela custódia de presos de alta periculosidade. 

A coleta é feita no momento de dar entrada na unidade prisional. Os dados são coletados por policiais penais e, em conjunto com a Polícia Federal, integrados ao sistema Abis (Solução Automatizada de Identificação Biométrica), uma base biométrica nacional que permite o cruzamento de informações com demais sistemas de identificação do País. Atualmente, a plataforma conta com cerca de 40 milhões de registros de pessoas.

Cruzamento de dados:

Acessando a base de dados nacional é possível cruzar diversas informações, entre elas, consultar impressões digitais coletadas em cenas de crimes, verificar casos de pessoas desaparecidas e até a identificação de corpos.

Impressões de detento encontradas

Com a coleta biométrica no sistema prisional capixaba, alguns casos de relevância já foram identificados. Um deles diz respeito às impressões datiloscópicas de um interno custodiado na Penitenciária de Segurança Máxima 2 (PSMA2), que cumpre pena por roubo e homicídio. Por meio do cruzamento das informações encontradas no banco de dados, foi possível identificar que as impressões digitais do detento constam em mais sete locais de crimes diferentes.

Outro caso é referente a um membro de facção criminosa do Espírito Santo que estava foragido, com mandado de prisão pendente de cumprimento, mas que utilizava outra identidade falsa.

Picture of Gabriel Almeida

Gabriel Almeida

Jornalista há mais de ano anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

Leia também