Doenças de alagamento deixam saúde em alerta

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Moradores de diversas regiões da cidade tiveram contato com a água de alagamento, que quase sempre tem esgoto e dejetos de animais. Foto: Divulgação
Moradores de diversas regiões da cidade tiveram contato com a água de alagamento, que quase sempre tem esgoto e dejetos de animais. Foto: Divulgação

A Serra está em alerta com as doenças relacionadas ao contato de moradores com as águas de alagamentos causados pelas fortes chuvas que atingiram o Espírito Santo no último final de semana. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ainda não foi registrado nenhum caso dessas doenças, mas os sintomas podem demorar para se manifestar e, caso ocorram, as unidades de saúde possuem protocolo para atender e tratar pacientes.

Na Serra, as áreas mais afetadas por alagamentos foram as regiões de Central Carapina, Nova Almeida, Jacaraípe e Hélio Ferraz. Moradores de Jardim Limoeiro e Balneário de Carapebus também reclamaram de pontos alagados em suas comunidades.

A infectologista Rubia Miossi enumera as doenças mais comuns que atingem pessoas que tiveram contato com água de alagamento: hepatite A, leptospirose e diarreias. De acordo com ela, essas doenças podem ser muito graves e levar o infectado à morte. “Os sintomas são náuseas, vômitos, diarreia e febre. A leptospirose apresenta, ainda, dores no corpo (principalmente nas pernas), mal estar, febre, olhos vermelhos e pele e olhos amarelados”, explica a doutora.

Rubia ainda disse que em alguns casos os sintomas podem surgir somente um mês após. Por isso, a orientação é buscar ajuda médica ao sentir algum sintoma. “É importante procurar logo o médico e informar que teve contato com água de enchente. Outra coisa é o tempo em que essas doenças podem se desenvolver. Algumas delas, como a diarreia, pode acontecer até cinco dias depois do contato com a água. A leptospirose pode demorar até 20 ou 30 dias, e depois ela começa a dar sintomas”, explica a médica.

Ainda de acordo com a infectologista, a hepatite A geralmente aparece em até 14 dias. “Como esse prazo é variável, a gente fala que durante um mês a pessoa tem que ficar vigiando se vão aparecer alguns sintomas, porque algumas dessas doenças podem aparecer”, disse.

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Gabriel Almeida

Jornalista há mais de ano anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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