Dia de Yemanjá será comemorado com cortejo e programação cultural na Serra

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Yemanjá Serra
O cortejo a Yemanjá termina na Praça Encontro das Águas, onde haverá rica programação cultural com samba de roda, capoeira e poutras manifestações. Crédito: Divulgação

Neste domingo, 2 de fevereiro, será celebrado o Dia de Yemanjá, reverenciada pelas religiões de matriz africana como a “Rainha do Mar”. A Serra marcará a data com um cortejo especial que sairá da Arena Jacaraípe em direção à Praça Encontro das Águas, onde está localizado o Monumento a Yemanjá.

A concentração terá início às 14h, e o cortejo está previsto para começar às 14h10. No trajeto, haverá quatro paradas, durante as quais cânticos religiosos serão entoados em homenagem à divindade, proporcionando momentos de fé e devoção àqueles que participarem.

De acordo com apuração do Tempo Novo, ao chegar à Praça Encontro das Águas, a celebração continuará com uma rica programação cultural. Apresentações de samba de roda, capoeira, maculelê e slam (poesia cantada) integrarão as expressões artísticas ao evento religioso, ampliando o caráter cultural da festa.

A organização do evento é da UMA – União de Matrizes Africanas, que conta com o apoio de diversas casas de matriz africana do Espírito Santo, como o Ile Ase Igbo Ode Oloya, Ilê Ògun Oxun, Centro de Umbanda Caboclo 7 Flechas, Irmandade Cultural e Religiosa São Francisco de Assis (ISFA), entre outras. A união dessas entidades reflete a força da comunidade na preservação e valorização das tradições afro-brasileiras.

Inaugurado em 1977 pela extinta União Espírita Capixaba, o Monumento a Yemanjá é um marco de relevância cultural e espiritual para os praticantes das religiões afro-brasileiras. Crédito: Arquivo TN

Monumento a Yemanjá: símbolo de fé e cultura

Inaugurado em 1977 pela extinta União Espírita Capixaba, o Monumento a Yemanjá é um marco de relevância cultural e espiritual para os praticantes das religiões afro-brasileiras, como candomblé, umbanda, ifá e quimbanda. Localizado na junção das águas do rio e do mar, o monumento simboliza a ligação entre Yemanjá e a comunidade pesqueira de Jacaraípe, além de representar a força e a proteção atribuídas à divindade.

Yemanjá, conhecida como a protetora dos mares, é associada à fertilidade, à abundância e ao cuidado com os seres humanos. Para muitos, o monumento é um espaço de celebração, reflexão e conexão com a divindade, reafirmando o papel da cultura afro-brasileira como um pilar fundamental na formação da identidade local.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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