Conglomerado empresarial colombiano planeja expansão de 15 milhões de dólares na Serra

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Foto: Leonardo Medeiros

O Grupo IMSA, conglomerado empresarial colombiano, está negociando a expansão de suas operações na Serra. O grupo já possui uma empresa em funcionamento na cidade, a Novapol, localizada no Civit II, e a ideia é ampliar essas atividades para aproveitar as facilidades logísticas que o município oferece. A informação foi confirmada pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Sergio Vidigal, que se reuniu com representantes do grupo nesta semana.

Com sede em Medellín, o Grupo IMSA tem atuação diversificada em vários setores industriais e foi constituído em novembro de 2021, após a cisão de unidades de negócios do antigo Grupo Orbis. Atualmente, o grupo mantém operações diretas na Colômbia, Brasil, México e Argentina, exportando seus produtos para 17 países. Emprega mais de 600 pessoas e possui plantas produtivas na Colômbia e no Brasil.

Entre as áreas de atuação do grupo estão: setor imobiliário (IMSA), desenvolvimento de produtos de cuidado pessoal, doméstico, automotivo e industrial (MCM Company), fabricação de ingredientes para a indústria alimentícia (Addimentum), e produção e comercialização de produtos químicos intermediários, com foco no mercado brasileiro (Novapol). Este último é o segmento relacionado à Serra, atualmente em estudo para expansão.

Segundo informações, a expansão prevista representa um investimento de 15 milhões de dólares — cerca de R$ 77,25 milhões na conversão atual. A Novapol é uma das maiores fabricantes de resina poliéster da América Latina. Localizada no Civit II, oferece um portfólio variado de produtos para aplicações nos setores automotivo, náutico, construção civil, saneamento, energia elétrica, entre outros. A empresa conta com cerca de 150 colaboradores e sua unidade na Serra tem capacidade de produção anual de aproximadamente 45 mil toneladas de resina poliéster.

Além desse produto, a Novapol fabrica gelcoat, um revestimento especial usado principalmente na superfície externa de peças feitas de materiais compostos, como fibra de vidro — comum em barcos, piscinas, banheiras, painéis automotivos e aerogeradores. Atualmente, a capacidade instalada da empresa para produção de gelcoat é de cerca de 250 toneladas por mês.

Vidigal não forneceu maiores detalhes sobre o projeto de expansão, por se tratar de informações internas do grupo, mas afirmou que a tendência é de aumento na geração de empregos. Entre os fatores que pesam na decisão de expandir na Serra está a vocação logística do município, que permite à empresa escoar sua produção para todas as regiões do Brasil e também para o exterior.

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Yuri Scardini

Yuri Scardini é diretor de jornalismo do Jornal Tempo Novo e colunista do portal. À frente da coluna Mestre Álvaro, aborda temas relevantes para quem vive na Serra, com análises aprofundadas sobre política, economia e outros assuntos que impactam diretamente a vida da população local. Seu trabalho se destaca pela leitura crítica dos fatos e pelo uso de dados para embasar reflexões sobre o município e o Espírito Santo.

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