Comunidade denuncia risco de desabamento em escola de Anchieta II

Job, Edis, Rosângela e Maria do Carmo denunciam os problemas e pedem providências. Foto: Fábio Barcelos
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Job, Edis, Rosângela e Maria do Carmo denunciam os problemas e pedem providências. Foto: Fábio Barcelos
Job, Edis, Rosângela e Maria do Carmo denunciam os problemas e pedem providências. Foto: Fábio Barcelos

Ana Paula Bonelli

Pais de estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Manoel Vieira Lessa, em José de Anchieta II, denunciam que o prédio da unidade está com diversos problemas na estrutura. No imóvel há rachaduras em paredes, colunas dilatadas, lajes trincadas e quadra com piso cedendo. A instituição, que atende crianças de seis a quatorze anos, do 1º ao 9º  ano,  foi construída numa área de brejo que fica ao lado de um valão.

Estudam nela crianças que moram nos bairros José de Anchieta I e II, Jardim Tropical e Cantinho do Céu.

Pai de uma aluna de 12 anos, Edis Casaroto, está preocupado com a situação. “Essa escola já foi inaugurada em 2011 com rachaduras e desde então reclamamos deste problema. Hoje fizemos uma mobilização para os pais não deixarem seus filhos entrarem e amanhã (31) de manhã vamos fazer novamente. Queremos que o problema seja solucionado e, principalmente, evitar um problema maior”, explica dizendo que a situação piorou depois da enchente de 2012.

Presidente da Associação de Moradores de José de Anchieta II, Maria do Carmo Balduíno, confirma que a escola foi inaugurada com rachadura. Reclama também que o auditório previsto para ser feito logo após a entrega da obra até hoje não teve a construção iniciada.

“A Defesa Civil não proibiu as aulas e pediu para interditar só o terceiro andar. Mas os pais estão desesperados, porque vai que o terceiro andar cai em cima do segundo? Hoje (30) os pais ficaram a tarde toda impedindo que as crianças entrassem e amanhã (31) às seis horas estarão aqui novamente impedindo a entrada dos estudantes”, revela Maria do Carmo, que acrescentou que a escola foi inaugurada com a promessa de atender 960 alunos.

Presidente do bairro Cantinho do Céu, Job Gonçalves disse que a preocupação maior é o trincado na está na fachada da escola. “Tenho um sobrinho que estuda ali e o medo maior é que aquilo caia na cabeça de uma criança”, alerta.

Na tarde desta quarta – feira (31) a Defesa Civil Municipal interditou duas salas administrativas e parte do hall de entrada da escola. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, o acesso dos alunos será alterado como medida preventiva.  Já o retornou das aulas será combinado com a comunidade.

A assessoria da Prefeitura informou ainda que vai contratar uma empresa para fazer o laudo pericial do prédio. De posse desse documento, todas as providências necessárias serão feitas imediatamente. Por fim a assessoria disse que a Secretaria de Educação, assim como as demais pastas envolvidas, estão acompanhando de perto os fatos e em diálogo constante com a comunidade.

Confira mais fotos sobre a situação da escola:

 

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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