
Com a chegada do tempo frio, não é só o corpo que pede aconchego — o coração também. É nessa época que as comidas afetivas ganham destaque: aquele arroz doce da avó, o chocolate quente cremoso, o pão de queijo saindo do forno ou o tradicional mingau que lembra os dias de chuva. São sabores que aquecem a alma e resgatam memórias.
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Mas, junto com a nostalgia, muitas vezes vêm também calorias extras, excesso de açúcar e gorduras em preparações que, embora deliciosas, podem pesar na saúde quando consumidas com frequência. A boa notícia é que é possível revisitar essas receitas com um olhar mais nutritivo, sem abrir mão do sabor e do afeto.
O que são comidas afetivas?
São pratos que despertam emoções, lembranças e conforto. A ligação com a infância, com a família ou com momentos felizes torna essas receitas especiais — e isso tem impacto direto na nossa relação com a comida. Por isso, ao invés de proibir ou eliminar, a proposta é resgatar com equilíbrio.
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Como adaptar sem perder a essência?
1. Reduza o açúcar e prefira versões naturais
Substitua parte do açúcar por frutas secas (como tâmaras ou uvas-passas) em mingaus e sobremesas. Use banana madura para adoçar receitas como bolos e panquecas.
2. Use ingredientes integrais
Troque o arroz branco por integral no arroz doce e experimente mingau com aveia em flocos no lugar de farinha refinada. Além de mais fibras, promovem maior saciedade.
3. Inclua proteínas
Acrescente leite desnatado ou bebida vegetal enriquecida em cálcio e proteína nas receitas. Em bolos, iogurte natural pode substituir parte da gordura e adicionar cremosidade.
4. Controle as porções
Comida afetiva não precisa ser um exagero. Sirva em porções menores, aproveitando o sabor com mais presença e menos culpa.
Exemplos de releituras saudáveis:
• Arroz doce com leite de coco e açúcar de coco
• Chocolate quente com cacau 70%, leite vegetal e adoçante natural
• Pão de queijo com batata-doce e polvilho azedo
• Bolo de banana sem açúcar com aveia e canela
Comer com afeto também é saudável
Nutrição vai além de nutrientes: envolve cultura, afeto e acolhimento. Relembrar a infância através de sabores pode ser terapêutico, desde que feito com consciência. O segredo está no equilíbrio e na intenção — não é sobre excluir, mas sobre transformar.
Neste tempo frio, experimente reconectar-se com as memórias à mesa. Afinal, cuidar da saúde também é se permitir sentir — com sabor e sem exageros.