Cesan diz que Serra e Vitória ficarão sem água até domingo

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Na última segunda (23), as águas estavam claras e baixas na captação do rio na zona rural da Serra. Foto: Bruno Lyra
Na última segunda (23), as águas estavam claras e baixas na captação do rio na zona rural da Serra. Foto: Bruno Lyra
Na última segunda (23), as águas estavam claras e baixas na captação do rio na zona rural da Serra. Foto: Bruno Lyra
Na última segunda (23), as águas estavam claras e baixas na captação do rio na zona rural da Serra. Foto: Bruno Lyra

Moradores da Serra podem ficar sem água até domingo (01). Agora o problema é excesso de barro no rio Santa Maria após as fortes chuvas que começaram a cair nas cabeceiras do manancial. Segundo a assessoria de imprensa da Cesan o motivo é o excesso de barro no rio que impede o tratamento para o fornecimento à população.

A Cesan disse que a previsão é de normalização só na tarde de domingo. Isso se não chover forte de novo. O problema é mais um capítulo na crise de abastecimento que vem atingindo a região atendida pelo Santa Maria, que além da Serra supre os bairros da zona Norte de Vitória e Praia Grande em Fundão.

Ontem (26) a explosão no sistema elétrico da Estação de Tratamento de Água de Carapina deixou a região atendida pelo Santa Maria sem água. O problema foi reparado e hoje o abastecimento já deveria ter normalizado. Mas segundo a Cesan isto não aconteceu por conta do problema do barro.

Moradores de diversos bairros e regiões da Serra contaram que a água começou a chegar na madrugada desta sexta (27) mas ao longo do dia o fornecimento foi interrompido.

Outra situação que ameaçou o abastecimento da cidade é a superseca que deixou o Santa Maria com menos de 10% da vazão média esperada para esta época do ano. O rio abastece mais de 600 mil moradores, os pólos industriais da Serra e todo o complexo siderúrgico de Tubarão, onde estão as gigantes Vale e ArcelorMittal.

Degradação e fragilidade

Ao longo dos últimos anos o sistema de abastecimento do rio Santa Maria vem sofrendo com interrupções após chuvas fortes, que deveriam ser a solução em períodos de estiagem. É que as cabeceiras do rio estão desmatadas, com estradas, aterros inadequados e má conservação do solo em áreas de cultivo, o que gera arraste da terra para o rio e seus afluentes, causando o assoreamento.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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