Motoristas que enfrentam a BR-101 diariamente na Serra estão à beira da exaustão. O motivo? Uma verdadeira bagunça nos semáforos controlados pela Ecovias 101, concessionária responsável pelo trecho que corta o município. A falta de sincronização entre os sinais tem travado o trânsito e transformado trajetos simples em verdadeiras provações.
Apesar das incontáveis reclamações, a concessionária insiste em afirmar que “tudo está dentro da normalidade”. Mas basta percorrer alguns trechos da rodovia para perceber que não está nada normal.
Entre Carapina e Porto Canoa, principalmente nos cruzamentos, o cenário é de caos. A equipe do Jornal Tempo Novo percorreu esses pontos e constatou o que os motoristas denunciam: semáforos que abrem e fecham sem lógica, impedindo o fluxo contínuo de veículos. Em muitos casos, o sinal seguinte já está vermelho antes que o motorista consiga sequer sair do anterior.
A moradora Luciana Lima, que trabalha fora da cidade, não esconde a frustração: “Está insuportável a ida e volta do trabalho. Os semáforos parecem estar desligados da realidade do trânsito. Nada sincronizado. O resultado é congestionamento o tempo todo”, relata.
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Outro motorista, José Eduardo Teixeira, desabafa: “Não aguentamos mais esse trânsito diário. A BR-101 já é travada, mas os semáforos da Eco conseguem piorar tudo. É óbvio que estão mal programados e a concessionária finge que está tudo certo.”
Renata Souza também enfrenta o mesmo problema. “Eu preciso sair da Serra tosos os dias e não consigo fazer o trajeto da BR-101 em menos de 1 hora. Tem dias que ficamos duas horas agarrados em Carapina. O trânsito não anda.
Eco nega problema nos semáforos e diz que tudo está “dentro dos parâmetros” na Serra
Em nota, a Ecovias 101 diz que os semáforos “encontram-se ajustados em todo o trecho da BR-101, na Serra” e que realiza manutenções preventivas nos equipamentos sob sua responsabilidade.
A empresa afirma ainda que “as manifestações dos usuários são avaliadas de forma diligente” e que promove “intervenções sempre que identificada a necessidade, com o objetivo de manter a segurança viária e a qualidade dos serviços prestados”.
A Eco destaca que “os equipamentos sob sua responsabilidade são instalados e programados com base em estudos técnicos prévios, considerando o fluxo de veículos no local, horários de pico e demais variáveis relevantes”, e que “a definição de tempos semafóricos obedece a critérios técnicos voltados ao equilíbrio do sistema como um todo”.
