A crise e os desafios da Serra

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Esta semana foram divulgados dados sobre o saldo do emprego/desemprego, no acumulado janeiro-julho de 2015. Os dados mostram que apenas três municípios do ES tiveram saldo positivo e na outra ponta está a Serra, com saldo negativo de 6.429 empregos no período.

Analisando os detalhes dos dados para o Estado, observamos que o setor comércio perdeu 9.174 postos; o de serviços, 6.609; e o da construção civil 5.245, somente este ano. Se comparados os últimos 12 meses, a construção civil foi o setor que mais teve retração, com 9.942 postos de trabalho fechados em todo o ES.

E o que está ruim pode ficar pior…

Infelizmente, as notícias dessa semana não foram boas, dada a queda no ritmo de crescimento da China. Esta deverá ter efeitos consideráveis, principalmente para a indústria e o comércio exterior capixabas. A Serra, com seu parque industrial e sua vocação para o comércio exterior, certamente será um dos municípios mais afetados.

Sabe-se que a política fiscal é, em grande medida, responsabilidade do Governo Federal, mas há de se esperar das autoridades municipais medidas para enfrentar essa situação. Em 2009, em um entendimento político entre o Executivo e o Legislativo, foi aprovada e sancionada a Lei 3.360/2010, que estabeleceu uma série de vantagens competitivas para atrair investimentos de construção civil na Serra. Por que não buscar saídas como essa nesse momento?

Administrar na bonança é tarefa relativamente fácil. O que esperamos agora é ousadia e criatividade para o enfrentamento do que estamos passando – e do que virá no futuro próximo.

 

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Gabriel Almeida

Jornalista há mais de ano anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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